quarta-feira, 11 de novembro de 2009

peter pan

Muitas vezes sinto que ainda não cresci. Acho que isso se chama síndrome de Peter Pan. Há nomes para tudo. Ando bem é a fazer infantilidades e existe uma grande luta entre o meu eu adulto e o meu eu infantil. O meu eu adulto ( ou o que deveria ser) tem pouco à vontade para se entrosar com os outros da sua espécie, tem sempre tendência para se pôr um patamar mais abaixo, não creio que seja complexo de inferioridade, será outra merda qualquer, a verdade é que penso sempre que toda a gente é mais velha do que eu, não que pareçam, eu é que parei no tempo, penso sempre que toda a gente sabe mais do que eu e, regra geral fico espantada com os dotes de oratória dos outros e penso sempre, eu não consigo falar assim, não me expresso daquela maneira, e é isso que eu invejo nos outros, o dom de bem falar e falar com eloquência, com aquela segurança de quem não tem dúvidas.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

mestre

E porque nem tudo são futilidades na minha vida, já estou a fazer o mestrado, que por um lado não deixa de ser uma futilidade, enfim.

Vicios

Sou uma pessoa de vícios, vícios idiotas e normalmente passageiros. O meu mais recente vicio chama-se Farmville e é uma idiotice.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

ironia

É pá, a Bíblia está mesmo na moda, e tudo graças ao Saramago e todos os que teorizam sobre.
Passei agora na Bertrand e lá estava ela no escaparate, no meio dos best-sellers.

no caso de vir a sofrer de alzheimer


terça-feira, 20 de outubro de 2009

David Motta


Passei há pouco por esta ave rara.
A maloca até devia ser a mesma, era preta e era de gaja, a sabrina também, Os óculos ainda eram mais escaganificaobéticos. Acho piada a este tipo de personagem, a sério, sem desdém, eu ao passar por ele esbocei um sorriso, muito pouca gente me faz esboçar sorrisos, assim do nada.
Assim viva os Davides Mota e os Castelo-branco desta vida.

confissões

Venho aqui muito envergonhada confessar que só li um livro de Saramago, glup!!!, é verdade, e pior, nunca li nenhum do Lobo Antunes, glup!!!!!.
Do Saramago li o "Memorial do Convento", confesso que adorei, até o queria ler outra vez, que já o li há muitos anos, depois nunca mais li nenhum, não sei porquê, não calhou. Do Lobo Antunes já comecei a ler vários, mas nunca levei nenhum avante, não consegui. Bem sei que o senhor é uma sumidade da nossa Literatura, mas aquela escrita é demasiado enliada para a minha pobre cabeça, talvez um dia tente de novo.
Mais uma. Também li com muito sacrifício as "Memórias de Adriano", que tanta gente culta e arejada tem como livro de referência, não amei, serei intelectualmente inapta para a "grande literatura"?. Bem sei que este li tinha pouco mais de 20 anos, será por isso que não me agradou?
Estará na hora de voltar a tentar?
Tenho a meio o D. Filipa de Lencastre da Isabel Stilwell. Está mais ao meu nível. Sempre gostei de biografias, mesmo romanceadas. Não é que o D.João I era danado para a brincadeira, Mestre de Avis uma ova.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

bora lá estacionar o carrinho no passeio

Eu gostava tanto de ver o povo português indignado em massa, (assim tipo como contra o famoso vídeo da Maitê Proença), mas desta feita contra o estacionamento alarve que se vê nesta cidade. É tão lindo ir ao Mosteiro dos Jerónimos ao fim de semana e ver a praça do mosteiro transformada em parque de estacionamento, assim como qualquer passeio daquela zona, junto ao rio, onde as pessoas vão para passear a pé (??) e de bicicleta, e depois entopem tudo com carros. Aliás qualquer zona "passeável" da cidade está cheia de carros, às vezes com parques de estacionamento nas imediações completamente vazios, porque as pessoas acham que têm que estacionar à borla, que é um direito que lhes assiste, e a policia é conivente com isto que é uma coisa que me lixa.
Veja-se o caso da Expo, zona agradável para viver, trabalhar e passear, que está cada vez mais caótica, mas não por não existirem as infraestruturas, que existem montes de parques que estão vazios, que bem os vejo, mas porque toda a gente quer estacionar grátis, toca a fazê-lo nos passeios, nas passadeiras, nas rotundas, em todo o lado, causando um impacto visual horrível, assim como um transtorno aos outros, mas ninguém se importa e todos acham normal.
Depois vão a cidades fora de Portugal e voltam estarrecidos com os centros, tão agradáveis, sem carros, pedonais, cheios de lojas esplanadas e gente na rua, mesmo onde o clima não é tão benevolente como o nosso. Mas cá, quando se fala em retirar o trânsito de determinado lugar, levantam-se não-sei-quantas vozes e associações disto e daquilo e ninguém se quer ver privado dessa espécie de útero metálico onde o tuga se enfia todos os dias e não larga nem por nada. Não se percebe.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

coisas

Coisa nº1
Me, me, me, me, me.
Ando em baixo. Sinto-me um cocó.
Acabou-se o trabalho, ando de mal com o gajo, na verdade ando que nem o posso ver.
Sinto-me infeliz, estou com esperança que seja só TPM, mas não é só isso, tem sido muita tensão, muita coisa posta em causa, e se não fosse assim e fosse assado?, foi o nódulo, biopsia e nódulo, é benigno, fibroadenoma, que é isso?, tumor benigno, quer tirar? tirar para quê? Dá-lhe angústia? Mas, é para dar? Não há indicação médica para tirar e a biópsia tem uma margem de erro miníma. Mas tem margem de erro? Mau. Venha daqui a 6 meses para ver se há alteração. Tá bem. Vou dormir muito descansada durante os próximos 6 meses. É assim como uma bomba relógio que ainda não começou a contar mas não se sabe quando é que começa.

Coisa nº 2
Maitê Proença
A dita fez um videozinho muito idiota, onde goza com a cultura portuguesa e os portugueses mas onde sobretudo se achincalha a ela própria e ao povo com quem partilha a nacionalidade.
O vídeo é deplorável e explicita a tremenda ignorância da actriz assim como a sua falta de educação, cultura e respeito por um povo que tantas vezes a acolheu e acarinhou.
Como porcaria gera porcaria e como por cá temos também Maitês a dar com o pau, o blog da dita já está inundado de comentários baixo nível a chamá-la de tudo o que é nome insultuoso e o que é mais grave, insultando os brasileiros em geral, não havia necessidade, é descer ao nível dela.
Mas pronto, se dúvidas ela tivesse que soubéssemos usar a net, pois ficarão desfeitas.
O tuga sente-se nestas coisas, eu própria tive vontade de lhe dar com um valente BM*na tromba e também me fartei de reenviar o lindo vídeo, e já o recebi tantas vezes que até chateia.
Ai Maitê, Maitê é melhor não por cá mais o pé.

Coisa nº3
Lá votei no Domingo, foram as únicas eleições em que votei este ano.
Votei no Costa, não sei se o queria lá, mas sei que o palhaço do Santana não queria de certeza, e pronto dos males o menos. Prefiro ver mil vezes as ciclovias que os túneis e viadutos. Abaixo os túneis e viadutos.

Coisa nº4
Queria ter algo super giro e interessante para contar, com imeeeeeeeennnnnnsa piada, mas não, não tenho nada fixe e muito menos inteligente para dizer.
No entanto há uma frase que não me sai da cabeça já há alguns dias, deixo-a aqui:
"A verdadeira medida de um homem não é como ele se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas como ele se mantém em tempos de controvérsia e desafio." Martin Luther King

*BM (balde de merda)

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

REBORN

Afinal foi só um valente susto.
Ainda estou meio atarantada.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Balanço do dia

Sinto-me em stand by

sábado, 26 de setembro de 2009

epifania

Uns dias encontro o João Nabais no café, outros a Ronalda (irmã CR7), outros o próprio e ou a sua mãe, cruzo-me amiúde com a Patrícia Gallo, quase todos os dias com a Cristina Câmara. Ele é Helder Postiga e família, ele é Polga, ele é a filha da Edite Estrela, ele é a Sílvia Alberto e mais umas caras que conheço e não sei os nomes. Para quê comprar revistas do social?

E tudo o vento vai levando

Aqui há dias uma amiga dizia-me mais ou menos assim: "nem acredito que vou fazer 42 anos, parece-me que ainda nem cresci, como é que eu vou envelhecer se ainda nem cresci?". E tenho andado a ruminar nisto porque é o que eu sinto, sinto que ainda não cheguei a adulta, sinto uma grande infantilidade em mim.
Sinto-me pouco à vontade em meios formais, tenho dificuldade em ser uma senhora, ou melhor, em aceitar que estou uma senhora, porque é disso que se trata, tornei-me numa senhora, senhora dona, senhora doutora, madame. Nem dei por ela, e custa-me engolir esta condição, tenho dificuldade em aderir a esta pele e ao mesmo tempo tenho medo do ridículo de chegar aos 40 anos e (querer) parecer uma eterna adolescente como tantas que há por aí, também não me revejo nesse papel e tenho medo dele. Ainda não cheguei aos 40, nem sei se lá chegarei, mas andam-me a complicar com os nervos.HELP

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Santa ignorância

Hoje soube, através de dois blogues, da existência de um livro muito anunciado e muito publicitado, cujo lançamento se deu, ou ainda se está a dar, hoje. Um livro que milhões já leram e outros tantos estão à espera de ler. Um livro de um tal Roberto Bolaño que tem o belo nome de 2666, um livro do qual eu nunca tinha ouvido falar, um livro sobre o qual eu não tenho a mais pálida ideia sobre o que versa, um livro que aparentemente já despertou paixões e ódios a quem leu e muito mais a quem não leu.
Mas onde raio é que eu tenho andado?
Nem de propósito, hoje na homepage do sapo um blog chamado 2666 a promover o dito livrinho.

na corda bamba

Tenho andado ausente, muito ocupada para variar. Tenho trabalhado com alguma frequência, estive fora 5 dias, em trabalho, e agora de volta a base, ele é a escola dos miúdos, o gajo que regressa no sábado, algum trabalho, e o que realmente tem consumido o meu pequeno cérebro é aquela biópsia que vou fazer a um caralho que tenho no peito, que não se sente, não se vê, mas está cá, e a questão é: que merda é que cá está, será inócuo ou não? É impossível não andar ansiosa, toda a gente a quem me tenho lamentado me diz que não vai ser nada, para não me ralar, mas isso não muda nada do que cá está, essa é que é essa, e cada vez se ouve falar mais de cancros na mama em mulheres com menos de 40 anos, onde me incluo, e apesar da idade, sei que há sempre essa possibilidade, embora, no fundo, no fundo tenho esperança que não vai ser nada, que é só um aprovação que espero que acabe no dia em que souber o resultado, o pior é se a provação começa nesse dia. Como é que uma pessoa se prepara para isso?

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Patrick swayze

Mais um "idolo" de juventude que se vai.
Morreu no dia em que fui marcar uma biópsia a um caralho que tenho no peito.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

11 set


Faz hoje 8 anos que o mundo mudou. Mudou para pior, parece-me.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

As Manelas




Setembro

Ora aqui estamos em Setembro.
As crianças começam a escola. A J. começou o infantário no dia 1, adaptou-se muito bem, nunca chorou, gosta de lá estar e vai toda contente com a sua mochilita da Minnie às costas. O F vai para a primária (que agora se diz primeiro ciclo) e foi pela primeira vez hoje para o ATL, ia também todo inchado porque agora já não é do JI (jardim de infância), agora já é um menino do 1º ano, mas as aulas própriamente ditas ainda não começaram, só para a semana.
E eu, depois de um Agosto, e de um Julho, e parte de Junho, com vida de dondoca, cá continuo com vida de dondoca.
Ainda não sei se fui admitida no mestrado, se não for, talvez vá para o Instituto de Italiano estudar mais um pouco de Italiano, forze.
Este mês tenho um pouco mais de trabalho, mas abaixo do normal para a época, é assim a vida de artista em tempo de crise e gripe (as duas palavras que mais odeio).
E pronto é isto que eu tenho a dizer ao meu único leitor (que sou eu própria). Fazer o quê? gosto de me ler.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

nervosinho

Aproximando-me assim do fim do mês e começa-me a dar uma gastura ao tentar adivinhar e agora qual será a parola a despir-se para a Playboy. Não sei, esta curiosidade consome-me, é um nervosinho que se instala e só desparece depois da dúvida desfeita.É cosi.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Eles "divorceiam-se"

E pronto lá me inscrevi no Mestrado.
Entre umas análises ao sangue e um almoço com amigos, lá fui à Faculdade e lá me inscrevi.
A propósito de análises ao sangue, a gaja que me fez a recolha conversava com outra sobre divórcios e partilhas de bens e dizia " às vezes divorceiam-se e ....", isto enquanto preparava a agulhita, fiquei em estado de choque, e o meu anjinho da guarda dizia "Ana não deixes essa mulher espetar-te uma agulha na veia, ela disse divorceiam-se". Bom mas lá a espetou e até ver estou bem...
Depois almoço à beira-tejo, sempre agradável, sempre uma fregatura, comme dicono i nostri amici.
Tarde na Piscina, e viva o luxo.
Ando cá uma nojenta.

domingo, 23 de agosto de 2009

sunday

Mais um Domingo sem gajo. Está em Itália. Pareço mãe solteira.
De manhã com os miúdos à piscina, almoço em casa da mana.
À tarde fomos comer gelados.
Vidinha de burguesita dondoca, não é mau.
Esta semana trabalharei dois dias, se se concretizar, ao todo já trabalhei 4 dias em Agosto, jolines isto está mesmo mal.
Inscrevo-me no mestrado ou não??????
A perspectiva de passar aí um inverno sem fazer nada não é nada animadora, pelo menos sempre teria com que me entreter. A ver.

para o caso de vir a sofrer de alzheimer


Problema existêncial

Inscrevo-me ou não me inscrevo num mestrado?
Eis a questão.
Não sei que faça.
Já não tenho muito tempo para decidir, o prazo está a acabar.

sábado, 22 de agosto de 2009

O pedregulho podia (devia) ter caído de noite

Triste evento aquele que se deu ontem na praia Maria Luísa em Albufeira. Uma pessoa fica a pensar que má sorte teve aquela gente que estava no sitio errado à hora errada, no fundo aquele tipo de fatalidade que pode acontecer a qualquer um sem aviso prévio. Também eu costumo ir para a Praínha que também tem aquele tipo de falésias, também lá há sinalização a advertir para o perigo de desmoronamento, também lá há sempre montes de gente instalada junto às falésias a aproveitar as sombras, por acaso eu que sou acagaçada e ando sempre com a paranóia das seguranças não me ponho lá debaixo, muito menos com os meus meninos, mas a praia é tão pequena, que na verdade em qualquer lugar uma pessoa está sempre perto, enfim acontecimentos destes deixam sempre uma pessoa consternada, são vidas que perdem de maneira tão estúpida. Mas o que me deixa perplexa é o voyeurismo, as pessoas que se deslocam ao local de propósito para ver o sitio da tragédia, sem outro propósito senão esse, ver. A mim parece-me uma coisa muito mórbida, faz-me lembrar aquelas pessoas, que na sequência da tragédia de Entre-os-Rios, se deslocaram lá, vindas de vários cantos do país, alguns percorreram centenas de quilómetros, só para ver, ver as ruínas da ponte, ver os trabalhos de remoção do autocarro, ver as buscas pelos corpos, alguns até davam a ideia de frustração de não terem visto nenhum corpo a emergir das águas, que coisa sinistra.
Estava eu há pouco a ver as noticias e deu uma reportagem a dar conta do dia seguinte ao sucedido, e andavam por ali a entrevistar os mirones, pessoas que se deslocaram ali para admirar os pedregulhos que no dia anterior tinham tirado a vida a 5 pessoas, inclusive ninguém tem pudor em dizer que estava ali porque foi ver, havia uma que inclusive levava um calhau de recordação e a jornalista perguntava-lhe porque levava aquilo, e a mulher respondia que para ela aquilo tinha muito valor, mas que valor? insistia a jornalista , e a energúmena dizia, valor. Tinha muito valor mas pronto, ela não sabia qual. Que gente mais tarada. O que irá aquela abécula fazer com o calhau? Será que o vai pôr em cima de um naperon sobre o móvel da sala e ao receber convidados vai dizer-lhes este calhau fez parte daquele grupinho de calhaus que matou 5 pessoas no Verão de 2009, na praia Maria Luísa em Albufeira, Dios mio, não percebo, faz-me espécie.
Sempre me fez confusão esta gente que se alimenta da tragédia, que se excita com a tragédia. Aqui há uns anos, menos de um mês depois daquele grande terramoto na Turquia, nos arredores de Istambul, fui a Istambul, por razões profissionais, uma das pessoas que me acompanhava, fez tudo para ir ver o lugar da tragédia, queria porque queria ir ver, claro que toda a gente o tentou demover e não foi, mais por não ter tido quem o ajudasse do que por conclusão pessoal, não foi porque só lhe puseram entraves, mas ficou frustrado, ainda disse que a única coisa que o interessava em Istambul, era isso, ver os destroços do recente terremoto(que estavam a uns 90km, num subúrbio), de preferência com gente ainda a agonizar pelas ruas, credo! Há para aí cada freak.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Festival dos Oceanos


Fui ver o encerramento do Festival dos Oceanos, o espectáculo Carrillon e o Espectáculo Piromusical (não, não era música pirosa).
Foi muito giro.

Meu querido mês de Agosto

Sou fã da silly season e já estou a ficar hipertensa só de ver que Agosto já passou do meio e não tarda nada está aí a rentrée. O que é eu gosto no mês de Agosto? Gosto da cidade (quase) sem trânsito. Gosto dos saldos. Gosto da praia, das saladas, dos gelados, das sangrias, das caipirinhas, do peixe grelhado, do frango assado, coca-colas light e água fresca. Gosto da piscina com as crianças ( e sem as crianças). Gosto de ir à terra do meu gajo e ficar com a sensação de estar numa qualquer banlieue parisienne, tal é a quantidade de "ah bah dits donc(s)". Gosto de calor. Gosto de braços e pernas ao léu. Gosto do cheiro de protector solar.
Não sei o que me vai trazer o mês de Setembro, espero que não me traga a gripe, os meus meninos vão para a escola, ela para o infantário, ele para a primária. Talvez me traga algum trabalho, pelo menos mais que agora, enfim trará as secas dos políticos e eleições que se avizinham. Meu querido mês de Agosto, por ti passo o ano inteiro a chorar.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Téteia

Vim agora da tortura, que é como quem diz da depilação, e a gaja que me depilou, claro está brasileira, convenceu-me a depilar as axilas com cera, coisa que eu nunca tinha feito na minha já longa vidinha. Não sei porquê mas sempre me arrepiou a possibilidade de arrancar o pêlo axilar à bruta e normalmente quando vou à depilação tenho sempre o cuidado de passar a lâmina nas ditas, de véspera, para elas não se porem com ideias, mas pronto desta vez falhou-me esse detalhe e assim que ela bateu com os olhos nas minhas sensíveis axilas começou logo a dizer que estavam mesmo boas para a cera, ah e tal e o caraças e pronto, eu ah que não, que sou muito sensivelzinha nessa área e já me chega a virilha e tal, mas como sou fraquinha lá me deixei convencer e agora estou aqui uma téteia, como ela própria fez questão de me dizer, uma téteia, de braços arqueados que esta merda doeu-me antes, durante e depois.
Não satisfeita ainda olhou para mim e perguntou e o buço? Mas qual buço, tás parva minha, eu lá tenho buço, estas gajas...
E depois deste grande momento de prosa vou ali ao Japonês almoçar com uma amiga minha.
By the way, cheguei a esta maravilhosa conclusão: as pessoas normais trabalham e de vez em quando têm férias, eu sou ao contrário estou de férias e de vez em quando trabalho. Isto será bom ou mau? Vou ruminar nisto.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

no caso de vir a sofrer de alzheimer


sumário

Manhã na praia, tarde na piscina.
A minha vida até mete nojo.

domingo, 9 de agosto de 2009

o meu coraçãozinho está triste

...porque estive a ver fotografias de há uns anitos atrás (10/15 anitos), e cheguei à conclusão que estou a ficar uma carcaça....snif, snif, snif
Não, não sou uma gaja de grandes artifícios, nem de obsessões com beleza, forma física,etc (oxalá fosse um bocadinho mais). Mas custa-me muito aceitar que estou uma senhora, foda-se, até já fui fazer a minha primeira mamografia, aliás uma experiência linda, recomendo vivamente, qualquer dia estou a fazer o quê? Uma poupança reforma? A ver lares for myself? Daaaaaasssssssseeee

blogs

Gosto deste blog, deste, e também deste. Porquê, porque são engraçadas, ramboieiras, escrevem bem e regra geral rio-me quando as leio, ás vezes até gargalho. Pronto queridas não precisam de agradecer, ninguém lê isto aqui, por isso isto não é publicidade, sou só eu a passar o tempo, a tentar distrair-me dos pensamentos criminosos que me estão a vir à cabeça sobre maneiras de me vingar do gajo, que me f**eu os cornos há uns dias atrás.

MEU QUERIDO MES DE AGOSTO

acho, que não houve mês de Agosto nenhum, desde a adolescência, em que não pensasse nesta merda.

caganças

Já aqui me caguei a dizer que tenho dois cursos superiores, é verdade, juro, sei que não parece devido ao meu fraco intelecto e imensurável ignorância, aliás esses cursos serviram-me sobretudo para me mostrar o quão ignorante eu sou e continuarei a ser. Já aqui me pavoneei e ainda me hei-de pavonear mais, através de uns post-its nojentinhos chamados "para o caso de vir a sofrer de alzheimer" em que aproveito para me cagar sobre os locais por onde já andei, e é tudo verdade, "I've been in those places" e muito mais.
Agora digam-me cá uma coisa com tanta ida ao "estrangeiro", tanto curso e cursinho eu não devia ser mais esperta?, mais inteligente? mais arguta? mais assertiva? mais adulta? Eu que já assisti a ballets no Marinsky, no Lanterna Magika, eu que já fui ao Moulin Rouge, já vi musicais (ok um, o cat's) na Broadway, circo chinês na China, eu que já vi a Claudisabel ao vivo, já fui ao casino Lisboa em Macau, que já fui ao Forró do Pirata, o Casino de Montecarlo, eu que já visitei os melhores museus do mundo, tomem lá, Hermitage, Louvre, Prado, Metropolitan, Guggheneim (NY),Orsay, Thyssen, Vaticano, British, National Gallery etc. etc. Digam lá, eu com tantos predicados e tanta experiência não devia, não podia, escrever aqui umas coisinhas mais interessantes?
Se calhar não, não dá para mais.

para o caso de vir a sofrer de alzheimer


sábado, 8 de agosto de 2009

work

Hoje trabalhei, yuuuupieeeeee.
Não, não ensandeci, é sábado e eu trabalhei, e é Agosto, é é verão e estou-me a mostrar contente com isso, pois se vocês ganhassem só quando trabalham também estavam contentes, seus assalariados, recebedores de 13º e 14º mês, e quiçá mais um premiozito aqui ou ali, e mais carro e mais gasóleo e mais portagens e mais telemóvel e mais subsidio de almoço e o raio que os parta e ainda se queixam. Pois eu em Agosto estreei-me hoje e estou agradecida ao bom Deus. E acho que estive bem pois quem usufruiu dos meus eloquentes e competentes serviços (não, não sou puta, nada de difamar) ficou contente e agradecido (também não faço exorcismos, nem dou cursos de auto-ajuda, nem massagens, nem o catano). Olhem, pronto tenho uma profissão intelectual, tomem lá que já almoçaram, e trabalho em estrangeiro e tudo, essa é que é essa, e já trabalhei no estrangeiro, a Pilares é culta, Pilares sabe, a Pilares sabe línguas, várias. A Pilares já ganhou muito bem, a Pilares já foi rica, a Pilares agora trabalha pouco, tem vida de dondoca e não tem onde cair morta e sente-se frustrada, buáááááááááá´.....

gripe A

Eu não tenho nada contra jornalistas, a sério, até já namorei com um aqui há uns anos, que me encornou sem dó nem piedade, o cabrão. Enfim, águas passadas. O que eu quero dizer é que irrita a avidez com que essa gente espera, que é como quem diz anseia, pela primeira morte por gripe A em Portugal, a primeira e as que seguirem, estou mesmo a vê-los de olhinhos fechados a sonhar em serem os primeiros a dar a boa nova, perdão a trágica noticia, com um ar muito consternado, e ao mesmo tempo muito empenhado e aquele regozijo interior com o coraçãozito aos pulos, fui eu, fui eu o primeiro a saber e o primeiro a dizer. Complica-me com os nervos, pronto, se calhar sou eu.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

a vida é bela

Às vezes penso como é difícil a vida conjugal. Gosto do meu gajo, temos dois filhos lindos, uma bela vida, uma bela casa, lá lá lá. Não é um conto de fadas, mas não está mal. Estamos juntos há treze anos, quase catorze e antes disso já tínhamos partilhado casa durante uns 3 ou 4 anos, como amigos. Enfim já é uma longa história com os seus altos e baixos, mas em que o saldo é positivo. Mas há dias em que me apetece beber-lhe o sangue, por-lhe uns patins e lançá-lo do alto das Penhas Douradas, espetar-lhe agulhas nas partes pudibundas, sei lá, dar-lhe um pontapé no cu de maneira que fosse parar a Alcochete de preferência dentro de uma vacaria cheia de bosta, estamos nesses dias. Às vezes parece-me que tenho 3 putos em vez de dois. Porca miséria.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Mr. Cohen

Adorei, Adorei.
Ainda estou emocionada, que voz espectacular.
Mesmo com idade para ser meu avô (e olhe que já não sou nenhuma criança), deixa-nos estupefactos com aquela voz potente, quente, inalterada, maravilhoso, maravilhoso.
MR Cohen you were our man last night.
Adorei, uma presença super elegante, simpatia, humildade, sentido de humor e aquela voz como haverão poucas, mas o que me surpreendeu foi aquela voz que não envelheceu.
Thank you very much mr Cohen, sou fã há quase 20 anos.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Tenho saudades de viajar


trivialidades

Ontem, dia de gajas.
Combinei com SP ir à praia sem putos nem gajos. Claro que uma gaja não pode combinar nada visto que o F passou a noite a ganir que lhe doíam os ouvidos, otite. Lá decidi que não ia ao ATL e devia ficar em casa, com empregada, lá fui à praia à mesma, cheia de peso na consciência, já não me soube a nada. Fomos até ao Meco, mas não ficámos muito tempo, estava preocupada com o puto, mas estava um valente dia de praia. Hoje já estava melhor, lá foi ao ATL, tadinho.
Que vida tão interessante a minha, vida de dondoca, assim a breve distância, os meus próximos compromissos são, esta tarde ir à piscina, amanhã quiçá ir à praia e ao concerto do Leonard Cohen, amanhã também chega o gajo, ausente em trabalho há dez dias, sábado ir à mega festa de um amigo que completa 40 anos, para a semana fazer mamografia (arghhh) e análises e decidir se me inscrevo num mestrado ou não, maneiras que é isto. Nunca pensei chegar a este ponto de futilidade, lá para dia 8 talvez trabalhe, talvez....

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Tadinhos dos juízes

.... acham que a nova cidade judicial, ou Campus, ou whatever, não tem dignidade. Isto quererá dizer o quê?
Bálhame Deus, estou solidária com estes queridos, estudaram tanto, marraram que nem cães para tirar o cursinho, e agora põe-nos no Parque das nações em gabinetes com vista para o Tejo e áreas circundantes.
Devem de ser aqueles a quem calhou a vista para Moscavide e Olivais que devem de estar amofinados, e com razão. Se fosse a eles exigia um apartamento na expo, de 200m2, no mínimo, 1ª linha com vista para o rio, em condomínio fechado, daqueles sem dignidade.
Enfim, queridos juízes contem comigo para o que der e vier, estou convosco, compreendo a vossa dor e revolta. Ele é informatizações, tribunais modernos, qualquer dia querem dar-vos dois meses de férias, refilem e não percam tempo em inaugurações, isso é para vendidos.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

fim de dia

.... E para acabar o dia em beleza,
fui limpar vomitado, que é uma coisa que sabe sempre bem.
Afinal a bosta da "popota" não cheirava assim tão mal, o vomitado cheira bem pior.
Vida de mãe tem destas alegrias. Arghhhh!!

ZOO

Passei o dia no zoo.
Ainda tenho os pés a pedir clemência, sim porque tive a belíssima ideia de ir pendurada em cima de umas sandálias Fly com salto alto plataforma e de vez em quando ainda tive que alombar com 13 kilitos ao colo, carne da minha carne, enfim se os meus pés de ogre falassem estavam neste momento a berrar como condenados dentro de um caldeirão de azeite a ferver.
Gosto sempre de ver a bicharada apesar do cheiro a bosta que alguns amigos exalam, tipo o amigo hipópotamo, mas pronto são sempre uns queridos ali naquela vidinha, naquela modorra vespertina a aproveitar o solinho.
Também tive direito a show dos golfinhos e leões marinhos, não sei porquê mas vêm-me sempre as lágrimas aos olhos a ver o show dos golfinhos, estarei a ficar louca? Será a senilidade? Ainda bem que ninguém lê esta merda, senão era uma vergonha para mim. Enfim a pdi é fodida.
Lá tive que comprar uma girafinha de peluche assim como um tigre.
Enfim, um dia espectacular o sonho de qualquer gaja moderna. Deixa-te de ironias, tu gostaste, aliás tu adoraste ver a felicidade estampada naquela carinha que pela a primeira vez via ao vivo os animais dos Madagáscares e afins, essa é qu é a verdade.
Mãããããeee oooolhaaaa os leões, o ifante, a giyafa, as popotas, os inoceontes,as zebas, as focas, os macaaaaaacos, os tigues, as cobas, olha uma gaiiiinha (era um pavão), o cucudilo, a tartuga, o usso. Enfim a maternidade deixa-nos tão primárias ou será primatas?
Viva o Zoo!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

terça-feira, 21 de julho de 2009

sábado, 18 de julho de 2009

sexta-feira, 17 de julho de 2009

verão

Já há muito tempo que aqui não escrevo nada. Não me tem apetecido. Às vezes colo aqui uns post-it e é tudo. O último mês tem sido assim um misto de silly season com coisas mais ou menos importantes. Terminei a licenciatura (acho). Neste momento tenho dois cursos superiores que não me servem para grande coisa, enfim servem para ter consciência da minha infinita ignorância, mas a nível profissional fica tudo como dantes. O primeiro curso deu-me um trabalho este deu-me um entretém na falta de trabalho. Também não tenho trabalhado quase nada, isto anda cá uma crise e agora a gripe para lixar isto tudo. O Sr. Pilares lá vai ganhando para a família e lá estivemos de férias no ALLGARVE (que parolo), 12 dias com a descendência, eles adoraram, claro, eu vim a precisar de férias para descansar das férias. Além da Praínha onde estivemos alojados, fomos um dia à Praia do Amado, que eu adoro, e almoçar naquele restaurante fabuloso, na Carrapateira, o Sitio do Rio, é o que se leva desta vida...
Dia 30 Leonard Cohen vem ao Pavilhão Atlântico, bem sei que o senhor já está velhinho, mas sempre gostei dele, queria arranjar companhia para ir vê-lo, mas não vai ser fácil, não conheço ninguém que goste, e Sr. Pilares estará pela Rússia e não se poderá voluntariar, talvez a minha irmã, depois também não terei com quem deixar os cachopos humm, tenho que pensar melhor nisto....
Maneiras que é isto

para o caso de vir a sofrer de alzheimer


quinta-feira, 9 de julho de 2009

terça-feira, 16 de junho de 2009

sábado, 13 de junho de 2009

Alexandra e os outros

Claro que as pessoas "públicas" não dizem "ai nem ui" sobre o caso Alexandra, à excepção dos suspeitos do costume tipo Dr. Eduardo de Sá, Dr. Villas Boas e mais uns quantos, poucos, muito poucos.Primeiro o Juiz neste país é visto como uma "coisa" quase divina, várias esferas acima de qualquer mortal, tipo eu, você e a maioria de todos nós. Segundo, este tipo de drama é visto pela elite intelectual, como coisa de gente de segunda, coisa do povinho (uso a palavra "coisa" repetidas vezes, não por falta de léxico, mas de propósito), coisa de gente histérica, de pobre. E prova disso é a maneira como o assunto foi aflorado por alguns, lá do alto, focando o caso como se o "problema" existente fosse a indignação das pessoas, ou seja o "problema" era o barulho à volta do caso feito por este povo sedento de dramas e voyeurista e não a causa de tudo isto ou seja o drama de uma criança. Basta ver a maneira como Pacheco Pereira se referiu "en vol d'oiseau" na Sábado da semana passada ou mesmo como o assunto foi abordado no "Eixo do mal", honrosa excepção à Inês Pedrosa.De resto a grande maioria 99,999% da Intelectualidade, políticos, etc, evidentemente que não dizem nada, a eles o que os incomoda é o povo ter ido fazer chinfrim para a segurança social de Braga ou terem filmado o rosto da criança a gritar e a pedir que não a deixassem ir, era muito mais confortável se ela não tivesse rosto.Enfim para eles, essas sumidades do pensamento, discernimento, esses "opinion makers" que nos fazem mudar de ideias ao sabor dos seus dislates que ninguém questiona, este tema é tema de Tablóide tipo Correio da Manhã ou 24Hrs e eles estão a anos luz de isto tudo. Isto, para eles, é assunto para os espectadores dos programas da manhã tipo Fátima Lopes e afins, eles é mais Quadratura do Circulo, e tudo... e tudo...Esta gente não se emociona cá com Alexandras, Esmeraldas, Joanas, ou com a criança com Leucemia, isto, segundo eles é para o povinho que vai chorando as suas mágoas chorando as dos outros. Esta gente, treme, exulta, quiçá emociona-se com Freeport, Vale e Azevedo, Santana Lopes e pouco mais e depois à hora do café conversam sobre o facto do Ronaldo andar a comer a Paris Hilton, mas assim como quem não quer a coisa.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

10 de JUNHO

Hoje é dia de Camões!
Coitado deve de estar à voltas no túmulo, se desse aí uma volta, bastava na blogosfera, concluiria que muito pouca gente sabe escrever é confrangedor a quantidade de erros de ortografia e sintaxe cometidos pela grande maioria do povo, nem ouso referir-me à excelência poética.
Também é dia de Portugal, pobre país, pobre gente, pobres diabos.
E das Comunidades Portuguesas, é o que escapa disto tudo. O Tuga agrupado no estrangeiro está bem visto, é produtivo, evolui.
Conclusão: Há uma notória incompatibilidade entre o povo e a terra que lhe foi destinada, não sei se alguém terá explicação para isto mas se tiver gostava de tomar conhecimento, é que isto intriga-me.

domingo, 7 de junho de 2009

sexta-feira, 5 de junho de 2009

para desanuviar

Passei hoje numa boutique, daquelas que vendem roupa de marca tipo rocobarocco e afins e vi escritas as seguintes palavras nos papelinhos que indicavam os preços.
"xão"
"persário"
It made my day.

terça-feira, 2 de junho de 2009

caso alexandra

Confesso que ando um bocado obcecada com a situação desta criança.
Tão enojada com as instituições, nomeadamente os tribunais.
Este caso foi tratado com tanta leviandade que até arrepia, ao ler o acórdão e os factos provados ainda fiquei pior.
Como é que isto é possível? Sem apelo nem agravo.

sábado, 30 de maio de 2009

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Alexandra


Tomei conhecimento do caso desta menina só alguns dias depois dela ter sido enviada para a Rússia. Dilacerou-me a alma ver aquelas imagens da menina aos gritos e em prantos a ser arrancada à força daquela que ela conhece por família, o sofrimento dela, o sofrimento da família, o sofrimento. Como é que se pode fazer isto a uma criança? Porque é que a criança não pode ter uma palavra a dizer? É óbvio que o desejo da criança era ficar onde estava. Como é que fica a justiça portuguesa depois de extraditar a criança, porque é disso que se trata. Esta coisa da prevalência absoluta dos laços de sangue ultrapassa-me, é certo que não devem ser desprezados, mas esta noção medieval de ver as crianças como objecto propriedade de quem as pariu é anacrónica e muitas das vezes não coincide com o tão apregoado superior interesse da criança e é claro que este é um desses casos. Se calhar estaríamos todos mais descansadinhos se a situação fosse outra, ou seja, se a criança fosse para o seio de uma família estruturada, pai, mãe, irmãos, avós etc, se tivesse condições semelhantes aquelas que estava habituada, se se visse um amor desmesurado da parte da mãe e restantes parentes, estaríamos mais descansados mas mesmo assim não deixava de ser violento para a criança. Estas mudanças radicais de país, língua, ambiente, comida, clima, escola, amigos são sempre dolorosas mesmo na companhia da família, quanto mais nesta situação em que a criança é extraditada para junto de gente que não conhece, para uma língua que não conhece afastada das pessoas que ela entende por família e a quem ela chamava pai e mãe. Não se valorizaram os laços relacionais da menina, o juiz ou colectivo, sei lá como é que eles decidem, nunca pensaram nela, no seu sofrimento, trataram-na como uma coisa, condenaram-na, era a vitima e foi condenada, e agora diz-se chocado com os cascudos que a viu levar da mãe na televisão, pois também eu fiquei chocada e 99% da população também, mas já estávamos chocados antes com a sentença dele, e ainda diz que se calhar julgou mal os pais adoptivos, e se calhar também se excedeu na linguagem do acórdão ao falar na ânsia de uma maternidade serôdia por parte de Florinda. Nem que fosse verdade, ansiar por uma maternidade serôdia, pelos vistos, é aos olhos deste juiz um crime maior que abandonar a criança, negligenciá-la, ser alcoólica, etc.

Se queriam que a criança se relacionasse com a mãe, o que, evidentemente eu não discordo, porque é que em vez de a mandar embora não a obrigaram a ficar em Portugal durante um determinado período de tempo para haver uma adaptação dela à filha e para ela aprender russo, havendo um contacto periódico com as pessoas que a criaram. Porque é que a obrigaram a esta separação abrupta, a esta violência. Dão-se pensões e rendimentos mínimos a tanta gente, porque que é que não se deu a esta mãe para ficar cá pelo bem da filha? É mais simples lavar as mãos.

Tenho vergonha do meu país, desta justiça em que os cidadãos não acreditam, que favorece o prevaricador e penaliza o inocente, que não contempla a criança e a trata como coisa, que condenou esta criança a um futuro triste tanto emocional como social, como é que ela vai iniciar uma vida escolar numa língua que não conhece?

A mãe abandonou-a e ganhou na justiça. A menina perdeu duas vezes, a mãe biológica que a abandonou e com quem não criou laços, a família que conheceu e de quem a arrancaram, e vai continuar a perder porque não há nada a fazer por ela, é russa e está na Rússia, ninguém vai poder mudar o que aconteceu ou remediar o mal. Resta ter esperança que a mãe a ame de verdade e opte pela felicidade da filha, mas nem sei se mesmo que ela quisesse poderia reverter a situação. Tenho um filho de 6 anos, sei como sentem, sei o que sabem, sei o que os assusta, para esta menina os maus ganharam e o papão veio mesmo.

Porcaria de país e porcaria de pais que mesmo depois de abandonarem os filhos continuam a prejudicá-los, pobre criança.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Questão

Como é que o juiz, que decidiu mandar a menina, parida por russa alcoólatra para a Rússia, consegue dormir?
Como é que se envia uma criança de 6 anos para um país que não conhece, onde não fala a língua, para uma família que nunca viu, que não a criou, não a cuidou, não a acarinhou,com quem não se relacionou?
A nossa justiça continua a tratar as crianças como coisas, cuja posse e direitos de propriedade vêm descritos nos livros do código civil, além do qual não conseguem ver, sem nunca ter em conta o tão falado superior interesse da criança.
Como é que consegue dormir e ver na televisão, refastelado na sua casinha de classe média alta , a criança a ser esbofeteada pela sua mãe biológica?

sexta-feira, 22 de maio de 2009

quinta-feira, 21 de maio de 2009

dislates

A trabalhar que nem uma moura, cá ando eu. Nem tenho andado a par das noticias.
Será que já temos gripe suína? Não? Bolas, a comunicação social deve de estar possessa, não há meio de figurarmos no mapa-mundi.
Vi a Bárbara Guimarães embalada em vácuo numa coisa dourada a apresentar um programa na televisão, sei que houve o festival da eurovisão, e pouco mais captei.
Ah, este país está cada vez mais tragicómico, houve para aí uma professora, lá para o norte, porque será?, que resolveu andar a falar de bacanais aos alunos, houve para aí também mais um "caso Esmeralda", desta vez com uma Russa, o Juiz lá deve ter decidido conforme vem escrito nos livros, a mais não é obrigado, que se foda! OOppss, também não posso opinar, não sei nada.
Cheers

sábado, 16 de maio de 2009

sexta-feira, 15 de maio de 2009

desabafo

Que chato querer mandar as pessoas à merda e ter de sorrir para elas.
Acontece-me muito, tanto socialmente como em trabalho. Sou nojenta.
By the way, o Cristo-rei amanhã faz anos (50).
Hoje conheci um pintor alentejano (em sentido figurado, que o homem já bateu a bota), Dordio Gomes (nome do caraças), nasceu em Arraiolos, viveu em Paris e foi professor nas Belas artes do Porto, influenciou-se por Cézanne, gostei!

terça-feira, 12 de maio de 2009

domingo, 10 de maio de 2009

alentejo

Sábado, fomos até Arraiolos, visita de reconhecimento e ao mesmo tempo passeio em família.
O senhor seja louvado, não vomitaram no carro, às vezes vomitam os dois, por isso às vezes até já evitamos saídas de carro.
Passeio pela vila, está bonita, limpa, arranjadinha, o castelo está decrépito. Almoço num restaurante óptimo, O Alpendre, o Guia da Boa Cama e da Boa Mesa nunca me deixa ficar mal, fomos um bocado alarves, ainda hoje arroto a coentro e alho.
Vimos vacas, ovelhas, passarada, coelhos, cavalos, campos floridos, ainda esverdeados, amarelos, brancos e roxos; sobreiros, vinha, oliveiras, azinheiras e casas brancas com faixas coloridas e as suas chaminés enormes, bonito, os miúdos gostaram e nós também.
É sempre bom passear seja qual for o motivo.

sexta-feira, 8 de maio de 2009

quinta-feira, 7 de maio de 2009

A propósito...

Destes desabafos,
Há dez anos, ainda na casa dos vinte, ganhava mais do triplo do que ganho hoje e não tinha nem um terço das despesas que tenho hoje. Actualmente trabalho mas não tenho emprego, enquadro-me naquele rótulo de profissional liberal, que gere, em teoria, os dias de trabalho. Dois filhos depois, tive que repensar a minha vida e reajustar-me à realidade de ser mãe, abrandar no trabalho e tive que passar a aceitar somente trabalhos que não me exigissem viajar, ou seja desci vertiginosamente os degraus da escada profissional, quer economicamente, quer ao nível do status profissional. Não me arrependo, tive filhos porque quis e sempre soube que quando os tivesse, iria ser eu a criá-los. Sei que nem toda a gente se pode dar ao luxo que eu me dei, porque no fundo, hoje em dia, isto é um luxo e não uma fatalidade, continuo a trabalhar, menos é certo, mas não tenho que sair todos os dias de casa às 7 ou 8 da matina para manter um emprego, e regressar desgrenhada 10 ou 11 horas depois. Dou-me a esse luxo porque me disponho a viver com menos, e também porque o sr. pilares lá vai ganhando para a maioria das despesas familiares. Lamento que muitas mulheres não o possam fazer e o desejassem, e lamento também aquelas que podendo, jamais o fariam, com receio do atestado da incompetência mental e intelectual e por acharem que ficam mentecaptas só por darem o devido acompanhamento aos filhos. Creio que o melhor é procurar o equilíbrio, que se situa em pontos diferentes de pessoa para pessoa, mas devemos sempre acompanhar os nossos filhos enquanto são pequenos porque tudo passa a correr e quando houver lugar para arrependimentos já pouco há a remediar. Hoje trabalho menos do que gostaria e do que preciso, mas já não se deve somente às minhas opções, deve-se sobretudo à famosa crise que ainda veio limitar mais as minhas hipóteses face às limitações que eu própria impus. Paciência.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

sábado, 2 de maio de 2009

no caso de um dia vir a sofrer de alzheimer


H1N1

Às vezes até fico com a impressão que a nossa imprensa anda desiludida com o facto de ainda não termos, em Portugal, nenhum caso de gipe suina confirmada, irra.

terça-feira, 28 de abril de 2009

terça-feira, 21 de abril de 2009

princesa sissi

Gosto mesmo deste blogue, não pelo tema (nada contra) mas pela qualidade da escrita; inteligente, bem-humorada e com recurso a léxico rico, variado e criativo e com a sintaxe no sitio.

JIMMY CHOO


O meu gajo diz que me comprou uma malinha deste grande querido.
Será que anda por lá a pecar?
Não há nada como uma futilidade para alegrar uma gaja.
Quero lá saber de Freeports, autarcas corruptos, eleições, apitos dourados, taxas de juro, conferências de racismo, G8, G7, G20, ou G3 (que é com o que eles precisavam de levar), e outras cinzentices da vida, vão-se lá todos lixar.


no caso de vir a sofrer de alzheimer


segunda-feira, 20 de abril de 2009

TPM

Estou naqueles dias.
Não me apetece nada.
Fui várias vezes bruta para os meus bichinhos, sinto-me um cocó.
Porque é que não consigo ter mais paciência?
Porque é que ás vezes uma angústia, vinda sei lá de onde, me consome?
Porque é que não conseguimos estar felizes, quando não temos motivo para estar infelizes?
Porque é que só me apetece berrar e dizer impropérios daqueles bem cabeludos?
Porquê? Porquê?
Porque é que me estou aqui a lamentar?
Porque é que me apetece chorar?
Porque é que estou triste?

domingo, 19 de abril de 2009

O que têm em comum Courbet e os Gormitis?

Este berloque, que ainda não sei muito bem porque o tenho, é quase secreto. Quero dizer que ninguém que me conheça sabe que o escrevo, tão pouco faço publicidade do mesmo em berloques alheios (tipo comentários em berloques populares, como quem diz vão lá ver as coisas interessantíssimas que eu escrevo no meu, como vejo muitas vezes). Onde eu quero chegar é ao facto de eu considerar que aquilo que por aqui escrevo não deve interessar a ninguém, ou seja, não ensino nada, não vendo nada, não escrevo sobre temas mobilizadores e fracturantes (como agora se diz muito), enfim é um berloque pessoal, embora não me faça confusão que outros leiam (embora não faça por isso), uma vez que não escrevo aqui nada de secreto, nem é assim tão intimo. Posto isto, aqui há umas duas semanas resolvi instalar o site meter para bisbilhotar quem aqui bisbilhotasse, calculei eu que fossem meia dúzia de gatos pingados que aqui chegassem por engano. Não me enganei por aí além. Mas o que me amofina é o facto de ter chegado à conclusão que a maioria das criaturas que aqui chega faz pesquisa no google por "vaginas peladas" ou ainda melhor "vaginas peludas", isto por causa de uns bitaites que eu dei aquando da polémica Courbet, ou seja são poucos e tarados e depressa se devem desiludir ao chegar à conclusão que isto não é nada daquilo que buscam.
Há uma segunda palavra que traz visitantes a este pequeno universo privado e sem grande interesse: Gormitis, o que também não augura nada de bom.
Maneiras que fico por aqui.
Vou ali jogar à bisca com o meu filho F. que não pára de me chagar e adora Gormitis. (para quem não sabe o que é).

quinta-feira, 16 de abril de 2009

perseguição

Hoje pela manhã, mais uma vez, fui assediada por aquelas criaturas que andam a oferecer livrinhos para nos salvar. Será que é só comigo? Ou será que também assediam outros transeuntes incautos e com ar de precisarem de ser salvos? Será que vêem em mim uma testemunha de Jeová em potência, ou é só coincidência, ou é esta minha tendência inata para me meter em sarilhos que as atrai. Eu fujo o mais que posso mas estas almas perseguem-me, não me dão descanso, e eu lá ponho o meu ar mais nojento, mas mesmo assim não desistem, será que preciso ser salva? Ou será que elas são como os tipos do citybank ou do barclays que também nos perseguem descaradamente sempre com o intuito de nos dar alguma coisa, atacando por todas as frentes? Será que qualquer dia também me estão a telefonar ou mandar mails?

quarta-feira, 15 de abril de 2009

tigres

Os meus meninos estão a ver o "El tigre".
O meu gajo foi hoje embora para a terra dos tigres.
Eu estou aqui a escrever nonsenses.

domingo, 12 de abril de 2009

quinta-feira, 9 de abril de 2009

mi pueblo

Devido a uma situação infeliz, fui à minha terra.
Vou lá amiúde, uma vez que vive lá a minha família progenitora e colateral. Acontece que quando lá vou encontro pouca gente. Há aqueles com quem continuo a manter contacto porque são família ou amigos de sempre, mas a grande maioria das pessoas que conhecia na infância e adolescência, inclusive colegas de escola, deixaram de fazer parte do meu universo e vai para perto de 20 anos que não os via. Reuni-me com essas pessoas terça feira. Foi tão estranho. Foi como se tivesse estado adormecida durante 20 anos e de repente, ali naquele lugar, tivesse acordado e olhado para eles e me tivesse dado conta que toda a gente tinha envelhecido excepto eu. Claro que eu também envelheci, mas como tenho convivido com este focinho todos os dias da minha vida, não me dou conta dos anos a passar, só quando rumino no assunto claro.
Uns, os anos passaram-lhes forte e feio, e encarcaçaram, engordaram, embranqueceram, desdentaram etc., outros tiveram uma passagem suave amadureceram bem, ainda uns e outros continuam iguais para o bem e para o mal. Os filhos daqueles que tiveram bebés, quando eu vim para a faculdade, estão agora a ter bebés. Quem tinha pancada, continua a ter pancada, embora alguns mudaram-lhe o estilo. Aqueles que tinham a idade que eu tenho agora, ou seja, basicamente os pais dos meus amigos (a minha mãe tinha a idade que eu tenho agora quando vim para a faculdade), que eu já achava umas carcaças naquela época, estão a chegar à terceira idade têm os cabelos brancos (os que não pintam) e pele enrugada e curtida do sol.
Não é novidade para ninguém mas a vida passa a correr.
Na terça tive vários motivos para chorar, o desgosto da perda de alguém querido e que vai muito antes do tempo, e a sensação inexplicável de uma vida que não vivi, que foi interrompida para viver outra, é como se já tivesse nascido duas vezes e tivesse 2 vidas a vida da terra e a vida de Lisboa, as duas partes da minha história, as duas que sou eu, que são a minha vida. O mesmo motivo levou-nos ali a todos, numa união que só é possível nas terras pequenas em que as pessoas se conhecem para o bem e para o mal, onde toda a gente diz mal de toda a gente, e a bisbilhotice é rainha, tertúlia cor de rosa campestre, em que o sofrimento de uns é partilhado por todos, onde todos foram para se despedirem de ti, para chorarem por ti, e isso foi bonito. Não sei se estou louca mas aquela igrejinha branca com barras amarelas no alto da colina, aquele cemitério de muros branquinhos, cheio de flores, onde estão pedaços de todos nós, aquelas centenas de caras chorosas que enchiam a igreja, a escadaria, o caminho, o cemitério, tudo aquilo me comoveu, tudo aquilo me pareceu poético e fez-me sentir um carinho por toda aquela gente, por toda aquela terra e aliviou-me um pouco as penas. Até sempre

segunda-feira, 6 de abril de 2009

tristeza

Hoje é um dia muito triste, um dia de merda.
Já não preciso de ir aquele hospital SM.
Mais uma luz que se apagou e deixa muita gente às escuras.
Eu também me sinto na penumbra, nunca pensei que isto te acontecesse, sempre acreditei que te recuperasses, até ontem, quando já se notava que a filha da puta já estava a chegar.
Gostava de acreditar que foste para um sitio melhor, gostava de acreditar que estás melhor, não sei se acredito.
Vou tentar esquecer a maneira como te vi nos últimos tempos, vou guardar o teu sorriso, a tua gargalhada e cada vez que olhar para as cicatrizes que tenho num joelho, feitas numa briga debaixo da nogueira quando éramos pequenas e eu te atirei barro à cara e te pus o nariz a sangrar e tu me deste um empurrão e eu caí por cima de uns tijolos e lixei os joelhos todos, vou-me lembrar de ti com alegria, com amizade, com saudade.
Como é possível que isto te tenha acontecido?
Como é possível, como dizia a tua mãe, ires à frente dos teus pais e dos teus avós?
Coitados deles.
Ficarás para sempre no meu coração, ficarão sobretudo as memórias da infância.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Livro de cabeceira


Vou passar a dar-lhe mais importância

quarta-feira, 1 de abril de 2009

identificação

O que eu adorei isto.
Porque será?

terça-feira, 31 de março de 2009

HSM


Quando vou ao Hospital de Santa Maria, há três coisas que me invadem o pensamento: uma estação de comboios enorme, um aeroporto tipo o de Frankfurt ou um centro comercial gigantesco, tal é a quantidade de gente que deambula por aqueles corredores infinitos.

segunda-feira, 30 de março de 2009

preservativo


Porque é que a padralhada tem que andar a opinar sobre uso do preservativo?
É que já irrita, esta gente não tem mais o que fazer?
Se eles não o querem usar não usem, mas não metam o bedelho, agora vão reunir-se para opinar sobre o caso for god sake!

sexta-feira, 20 de março de 2009

filhos

Não há nada neste mundo, nem ninguém que eu ame mais que os meus filhos.
Não consigo conceber dor mais aguda, mais dilacerante que perder um filho.
O meu filho ( 6 anos) diz que se pudesse pedir dois desejos pediria que deixassem de existir ladrões e que tudo passasse a ser grátis, são estas as suas ambições mais inalcançaveis. Eu se pudesse pedir um desejo acho que pediria que fosse proibido um pai ou mãe ver o filho morrer, nunca um filho devia morrer antes dos pais, ninguém merece essa provação.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Papices

Há várias coisas que me têm apoquentado esta semana.

Duas delas têm a ver com a igreja católica. Uma delas é o facto da igreja católica, na pessoa de um dos seus bispos brasileiros, se ter dado ao trabalho e à desfaçatez de ter excomungado a mãe de uma criança de nove anos, grávida de gémeos em consequência de violação por parte do próprio padrasto, por esta ter autorizado o aborto, e de caminho foram excomungados os médicos também. Isto é um absurdo inominável, é de uma falta de caridade, decência, compaixão etc, valores pelos quais a igreja católica se devia pautar acima de tudo e que não demonstra neste caso, aparentando não ter tido qualquer complacência pelo sofrimento daquela criança e respectivamente pelo da sua mãe, assim como não ter tido qualquer atenção ao facto de ser uma criança de nove anos, vitima de abuso e da brutalidade, em risco de vida caso levasse uma gravidez de gémeos a termo. Se não quisessem corroborar, ao menos não tivessem feito nada, assobiassem para o lado. Já agora alguém sabe se o padrasto violador foi excomungado???

A segunda coisa que me tem moído os cornos é o facto do papa ter ido para África dizer que o preservativo não é eficaz no combate à sida , que inclusive agrava o problema, apelando irresponsavelmente ao não uso, isto num continente flagelado pela Sida e pela ignorância. Isto é brutal, de tão imbecil que é, de tão desrespeitador. Eu bem sei que ele não quis dizer "forniquem que nem coelhos, mas não usem preservativo" bem sei que a mensagem dele é a da abstinência, da queca matrimonial, bem sei que ele anda a vender o seu peixe, mas assobia para o lado em tanta coisa porque não o faz também aqui?
Conseguirá ele dizer uma barbaridade daquelas e dormir descansado?

pai

parabéns a todos os bons pais.


segunda-feira, 16 de março de 2009

vidinha

De manhã a trabalhar, de tarde na futilidade.
Pé arranjado, perna depilada, unha pintada, que o tempo já pede um sandália e quiçá uma saínha, e voilá, com três bitaites se faz um post.
Ainda bem que ninguém lê isto.
Agora tenho que ir dar lanche a um, acordar outro e buscar outro à escola, fazer o jantar, arrumar a cozinha, etc., etc cair na real.

domingo, 15 de março de 2009

Guincho

Hoje esteve um dia de verão, e nós, para não destoar de muito bom lisboeta, lá agarrámos nas toalhas, protectores, pás, baldes, formas, peneiras e mais uma panóplia de plastiqueiras e rumámos ao guincho, os miúdos numa excitação que só eles sabem sentir. Almoço no bar do Guincho, 6 adultos e cinco cachopos a ansiar pelo momento de pôr os pés na areia e espalhar as plastiqueiras pelo chão. Estava um dia espectacular, daqueles que até no verão é difícil encontrar no Guincho, sem vento, mas o que eu vou recordar deste dia é que vi lá a Sofia Aparício, considerações à parte o que não vou esquecer são as mamas da bicha, ali a força da gravidade não tem hipótese.

sexta-feira, 13 de março de 2009

quinta-feira, 12 de março de 2009

mundo

Apetecia-me às vezes não ter acesso a noticias.
Já não posso ouvir falar da crise, da corrupção, do crime.
Ontem na Alemanha um puto de 17 anos matou 16 pessoas, incluindo ele próprio, na sua maioria miúdos.
O que é isto?
O que é esta merda?
Na Bélgica foi aquele massacre a bebés.
O mundo está cada vez mais um lugar estranho.

segunda-feira, 9 de março de 2009

Gormitis e princesas

Ainda me lembro quando era adolescente e das figurinhas tristes que fazia. Lembro-me de usar calças cheias de alfinetes de dama a decorar, era o máximo, lembro-me de usar bâton vermelho esborratado a imitar o Robert Smith dos The Cure, lembro-me do escarcéu que o meu pai me fez quando se deu conta que eu tinha feito um segundo furo na orelha, lembro-me ainda de usar rímel azul turquesa (que horror como é que se pode usar rímel azul? que foleirice, mas ainda hoje há quem use, precisamente aquelas que pararam nos anos 80) e para piorar às vezes ainda achava lindo pôr uns laivos desse mesmo rímel, comprado nas bancas dos ciganos, ainda não havia chineses, no cabelo, arghhh! Ainda no campo da maquilhagem, lembro-me de pintar os olhos de preto para dar um arzinho meio dread meio fatal. Lembro-me de usar mini saias impossíveis e sentir-me boa comómilho. E lembro-me de ter como ídolos os Duran Duran, Cóhorror o ano passado dei de caras com eles no aeroporto e não os reconheci, traí-me a mim própria. Lembro-me de ler Julias, Sabrinas e quejandos. Lembro-me de adorar vodka com laranja, cuba livre e de ter começado a fumar aos 14 anos, roubando tabaco ao meu pai, e de sonhar com a beleza do Futre, credo!
Comprava a Miúda, a Coquete e a Bravo em alemão, de que não percebia um cará mas de onde tirava os pósters dos gajos mais lindos para forrar as paredes do quarto.
Lembro-me dos esquemas para sair, ir a matinés (no paleolítico inferior era assim, ia-se a matinés), ir ao cinema ver maravilhas como Top Gun, Karaté Kid, Oficial e Cavalheiro, etc.
Posto isto e, reconhecendo que fui muitas vezes norteada por gosto duvidoso, terei moral para criticar as calças a cair pelo cu abaixo, muitas vezes instaladas já mesmo abaixo das nádegas, os piercings horríveis que se vê por aí, as tatuagens, as rastas, o estilo gótico, etc?
Como é que eu vou conseguir proporcionar um generation gap como deve de ser aos meus filhos se ainda tenho isto tudo, e muito mais, tão presente na minha memória?
Será que vou conseguir criticá-los como deve ser?
Ai mê pai!
Por enquanto eles ainda só pensam em Gormitis e princesas, mas isto passa rápido.

domingo, 8 de março de 2009

Sardet ao vivo


Foi tão giro.
Ontem no Coliseu.
Os putos adoraram e os pais também.

sábado, 7 de março de 2009

weekend

Sexta e sábado a trabalhar.
Hoje esteve um dia lindo
E pronto, maneiras que é isto.

quinta-feira, 5 de março de 2009

pelo sim pelo não

Algo verdadeiramente importante para que o mundo continue a girar

fait divers

Tirando
ter levado o meu filho à escola
ter ido assistir a uma aula de italiano
ter ido ao VG:
por um relógio a arranjar,
trocar umas camisas que o meu gajo me ofereceu, 2 números abaixo daquele que eu visto, sacana
buscar umas botas que estavam a consertar
fazer compras no continente
tirando isto, não fiz hoje nada de jeito.
Ando mesmo dona de casa desesperada

quarta-feira, 4 de março de 2009

Rembrandt


Tadinho do Rembrandt, fiquei a saber que morreu na miséria e infeliz.

terça-feira, 3 de março de 2009

segunda-feira, 2 de março de 2009

Courbet e quejandos

O país ficou mais culto.

Esta semana ficámos todos a saber que no sec XIX existiu um pintor chamado Gustave Courbet e que o dito pintou uma obra de arte, entre outras obviamente, chamada a origem do mundo e que a mesma está exposta no Museu d'Orsay em Paris, falta ainda dizer que a tal obra representa aquele lugar primordial por onde todos passamos no momento da nossa origem, seja no momento da concepção, seja no momento do nascimento (salvo os que nascem por cesariana) a vagina. Mas não é uma vagina qualquer, é uma vaginona peluda, entreaberta, ali a olhar uma pessoa de frente. E o povo chocou-se. Parece que a dita obra de arte decora a capa de um livro exposto numa feira do livro em Braga e o povo mandou chamar a policia, que apreendeu os livros pecaminosos. E é sobre o quê o livro? E mais povo se chocou com a censura, com a ignorância da policia e do outro povo que estupidamente não reconheceu naquela cona peluda uma obra de arte do sec XIX exposta no museu de Orsay arghh Santa Ignorância. E mais vozes se levantaram e ficámos a saber quem é e quem não é sexualmente resolvido, e o que pode e deve opinar cada um, consoante se situe no patamar dos bem resolvidos, que fodem sem problemas, seja a vagininha rapada a cera quente ou a cona barbuda,ou no patamar das profundezas do recalcamento sexual judaico-cristão.

Assim aqueles que acham que quem expulsou ou apoiou a expulsão da vagina não encara o sexo olhos nos olhos (ou melhor vagina nos olhos) além de sofrer de uma ignorância artística gritante, parece-me que esses são os bem resolvidos sexualmente. Entretanto baralhei-me, porque depois também apareceram muitos com tom paternalista dizendo que as pessoas tinham direito a indignar-se e que a policia não tem que saber que aquilo era uma obra de arte, uma cona valha-me Deus!, e que sim senhora estava tudo muito certo, mas que a obra, o tal livro, apenas se encontrava no contexto errado, ou seja ali na feirinha das ruas de Braga onde famílias passeavam com as suas inocentes crianças. Calculo que o livro se venda noutros sítios, em livrarias por ex. onde não se vai em família, quiçá hipermercados, aqui cuidado porque excursionam famílias com sua prole. E estes indignaram-se com aqueles que se tinham indignado com a policia e bracarenses e ironizaram a modernice de uns e condescenderam no preconceito dos outros, tipo não penso como tu mas compreendo-te ser culturalmente, socialmente e sexualmente inferior a mim.

Enfim não me alongarei, mas não quero deixar de dar a minha opinião neste espaço devidamente escondido e onde ninguém vêm, onde se pode ser politicamente incorrecto à vontade, e destilar ignorância sem receio.

Cá para mim quem esteve na origem disto tudo foi a editora, que foi pouco a pouco lançando a sementinha da indignação, contratou uma beata ou duas, acendeu o rastilho e pumba, publicidade grátis em todos os media. Aposto que o tal livrito, é sobre o quê?, se vai tornar um bestseller, de caminho ainda deram uma lição de história de arte a estes mentecaptos.

Eu por mim agradeço a poder tratar o Coubert por tu, embora não estivesse totalmente às escuras, sou daquelas iluminadas que já esteve aparvalhada diante da Origem do mundo, o original, convenhamos que sendo eu do sexo feminino e heterossexual assumida não é um ângulo banal para mim, mas pronto, tá bem não me lembrava do seu autor, mas lembro-me exactamente do sitio onde está no museu.

Outra questão que se levantou é a de saber se a dita pintura trata de pornografia ou erotismo, pois! e agora tenho pena de ninguém ler isto, porque aqui acho que podia tirar as dúvidas a muito boa gente, ensinando e partilhando o meu saber assim sem pedir nada em troca, até o Miguel Sousa Tavares sentiu necessidade de por uma etiqueta na vagina.

Pois Caros espantai-vos aquilo não é nem erotismo nem pornografia é pura e simplesmente tcharaaaaaaaammmmm ANATOMIA oh yé barnabé; E não percebo o chinfrim, juro.

Eu sei, eu sei, não é para todos, é muito museu.

Na verdade ou os meu filhos são anormais ou o caraças, porque tenho a certeza que, qualquer um deles, ao passar diante daquela capa, naquela linda tarde (ou manhã) em Braga, teria olhado para aquela vaginita com o mesmo interesse com que teria olhado para um pé, uma barriga, uma mão, um rabo, uma cara, para eles, que são crianças, aquilo é anatomia. Daí que aquelas mães de Braga tenham pecado a vários níveis ataviando o desenvolvimento dos conhecimentos das suas crias ao nível da ciência (anatomia) e da arte (pintura francesa sec XIX).

Já aqui vai uma grande trapalhada.
Cómico país este em que as vozes das mães de Braga (contra a vagina peluda francesa) e as das mães de Bragança (contra as vaginas peladas brasileiras) se conseguem ouvir melhor e mais rapidamente e sobretudo mais eficazmente que as vozes das mães que de alguma maneira precisam de ajuda para ajudar os seus filhos.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Madonna

Li há pouco, numa publicação da especialidade, que a Madonna anda com um gajo de 20 anos, faz ela bem porque velhos fazem-se eles, não é preciso pegar-lhes já feitos carcaças. Na verdade, à medida que vão envelhecendo os gajos vão-se tornando cada vez mais chatos, assim não há nada como um espírito jovem e descomplicado aliado a um embrulho zero quilómetros, Madonna, filha, estou contigo.
E depois desta constatação de extrema importância e que me interessa deveras por aqui me quedo.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

O Curioso Caso de Benjamin Button - Trailer (legendado)

No inicio achei um bocado seca, mas de facto o filme é lindo, uma bela perspectiva da vida. Deixou-me a reflectir, sim, porque eu às vezes também reflicto.

Caras

Museu da cidade
Museu de Arte Antiga

O primeiro foi uma estreia, o segundo um velho conhecido ainda que continue a intimidar-me.
Sexta dou-lhe com o Museu de S.Roque.

Agora vou ali ler a Caras que isto de levar a vida demasiado a sério faz dor de cabeça.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Agora algo sério...

Devia-se seguir o exemplo por cá e talvez tivéssemos pessoas mais cuidadosas e conscienciosas em vez dos energúmenos que temos ao volante, que são, infelizmente, a maioria de nós, pessoas decentes e idóneas
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=1146312

calo

Gosto do tédio.
A minha vida às vezes è um tédio, mas há lá coisa melhor que andar a arrastar os costados do sofá para uma cadeira e da cadeira para o sofá, os olhos do PC para a TV e da TV para o PC e pelo meio ir ruminando nas minudências desta vida?
Há.
Há muita coisa melhor mas isto também não é mau, sobretudo quando é fruto da preguiça mais genuína.
Hoje o meu dia é assim dominado pelo tédio, pela preguiça, que é a mãe de todos os vicios, mas se é mãe há que respeitá-la.
Amanhã já volto à vida fantástica cheia de colegas super interessantes, atolada de "coltura" até ao folículo mais estéril, que nojo.
E ainda por cima tenho a merda de um calo a foder-me o meu pé esquerdo, outra vez que nojo, o que é que um calo tem a ver comigo, fuck, nada, não me fica nada bem, mas que me dói, o cabrão, lá isso dói.
Já fui dar cabo do FDP, mas ainda me dói.
E depois deste grande momento que mais se poderá dizer.
Maneiras que é assim.

FDP= filho da puta

domingo, 15 de fevereiro de 2009

museus

Ando armada em culta e interessada.
Esta semana já lhe dei com o Museu do Teatro Romano e o Museu do fado e da Guitarra Portuguesa.
Esta semana há mais, nem sei onde arrume tanta informação, tendo em conta que o espaço disponível na minha memória é cada vez menor e muito selectivo na armazenagem, cet à dire acumula cada vez mais trash que não interessa a ninguém. Who cares?