terça-feira, 28 de abril de 2009

terça-feira, 21 de abril de 2009

princesa sissi

Gosto mesmo deste blogue, não pelo tema (nada contra) mas pela qualidade da escrita; inteligente, bem-humorada e com recurso a léxico rico, variado e criativo e com a sintaxe no sitio.

JIMMY CHOO


O meu gajo diz que me comprou uma malinha deste grande querido.
Será que anda por lá a pecar?
Não há nada como uma futilidade para alegrar uma gaja.
Quero lá saber de Freeports, autarcas corruptos, eleições, apitos dourados, taxas de juro, conferências de racismo, G8, G7, G20, ou G3 (que é com o que eles precisavam de levar), e outras cinzentices da vida, vão-se lá todos lixar.


no caso de vir a sofrer de alzheimer


segunda-feira, 20 de abril de 2009

TPM

Estou naqueles dias.
Não me apetece nada.
Fui várias vezes bruta para os meus bichinhos, sinto-me um cocó.
Porque é que não consigo ter mais paciência?
Porque é que ás vezes uma angústia, vinda sei lá de onde, me consome?
Porque é que não conseguimos estar felizes, quando não temos motivo para estar infelizes?
Porque é que só me apetece berrar e dizer impropérios daqueles bem cabeludos?
Porquê? Porquê?
Porque é que me estou aqui a lamentar?
Porque é que me apetece chorar?
Porque é que estou triste?

domingo, 19 de abril de 2009

O que têm em comum Courbet e os Gormitis?

Este berloque, que ainda não sei muito bem porque o tenho, é quase secreto. Quero dizer que ninguém que me conheça sabe que o escrevo, tão pouco faço publicidade do mesmo em berloques alheios (tipo comentários em berloques populares, como quem diz vão lá ver as coisas interessantíssimas que eu escrevo no meu, como vejo muitas vezes). Onde eu quero chegar é ao facto de eu considerar que aquilo que por aqui escrevo não deve interessar a ninguém, ou seja, não ensino nada, não vendo nada, não escrevo sobre temas mobilizadores e fracturantes (como agora se diz muito), enfim é um berloque pessoal, embora não me faça confusão que outros leiam (embora não faça por isso), uma vez que não escrevo aqui nada de secreto, nem é assim tão intimo. Posto isto, aqui há umas duas semanas resolvi instalar o site meter para bisbilhotar quem aqui bisbilhotasse, calculei eu que fossem meia dúzia de gatos pingados que aqui chegassem por engano. Não me enganei por aí além. Mas o que me amofina é o facto de ter chegado à conclusão que a maioria das criaturas que aqui chega faz pesquisa no google por "vaginas peladas" ou ainda melhor "vaginas peludas", isto por causa de uns bitaites que eu dei aquando da polémica Courbet, ou seja são poucos e tarados e depressa se devem desiludir ao chegar à conclusão que isto não é nada daquilo que buscam.
Há uma segunda palavra que traz visitantes a este pequeno universo privado e sem grande interesse: Gormitis, o que também não augura nada de bom.
Maneiras que fico por aqui.
Vou ali jogar à bisca com o meu filho F. que não pára de me chagar e adora Gormitis. (para quem não sabe o que é).

quinta-feira, 16 de abril de 2009

perseguição

Hoje pela manhã, mais uma vez, fui assediada por aquelas criaturas que andam a oferecer livrinhos para nos salvar. Será que é só comigo? Ou será que também assediam outros transeuntes incautos e com ar de precisarem de ser salvos? Será que vêem em mim uma testemunha de Jeová em potência, ou é só coincidência, ou é esta minha tendência inata para me meter em sarilhos que as atrai. Eu fujo o mais que posso mas estas almas perseguem-me, não me dão descanso, e eu lá ponho o meu ar mais nojento, mas mesmo assim não desistem, será que preciso ser salva? Ou será que elas são como os tipos do citybank ou do barclays que também nos perseguem descaradamente sempre com o intuito de nos dar alguma coisa, atacando por todas as frentes? Será que qualquer dia também me estão a telefonar ou mandar mails?

quarta-feira, 15 de abril de 2009

tigres

Os meus meninos estão a ver o "El tigre".
O meu gajo foi hoje embora para a terra dos tigres.
Eu estou aqui a escrever nonsenses.

domingo, 12 de abril de 2009

quinta-feira, 9 de abril de 2009

mi pueblo

Devido a uma situação infeliz, fui à minha terra.
Vou lá amiúde, uma vez que vive lá a minha família progenitora e colateral. Acontece que quando lá vou encontro pouca gente. Há aqueles com quem continuo a manter contacto porque são família ou amigos de sempre, mas a grande maioria das pessoas que conhecia na infância e adolescência, inclusive colegas de escola, deixaram de fazer parte do meu universo e vai para perto de 20 anos que não os via. Reuni-me com essas pessoas terça feira. Foi tão estranho. Foi como se tivesse estado adormecida durante 20 anos e de repente, ali naquele lugar, tivesse acordado e olhado para eles e me tivesse dado conta que toda a gente tinha envelhecido excepto eu. Claro que eu também envelheci, mas como tenho convivido com este focinho todos os dias da minha vida, não me dou conta dos anos a passar, só quando rumino no assunto claro.
Uns, os anos passaram-lhes forte e feio, e encarcaçaram, engordaram, embranqueceram, desdentaram etc., outros tiveram uma passagem suave amadureceram bem, ainda uns e outros continuam iguais para o bem e para o mal. Os filhos daqueles que tiveram bebés, quando eu vim para a faculdade, estão agora a ter bebés. Quem tinha pancada, continua a ter pancada, embora alguns mudaram-lhe o estilo. Aqueles que tinham a idade que eu tenho agora, ou seja, basicamente os pais dos meus amigos (a minha mãe tinha a idade que eu tenho agora quando vim para a faculdade), que eu já achava umas carcaças naquela época, estão a chegar à terceira idade têm os cabelos brancos (os que não pintam) e pele enrugada e curtida do sol.
Não é novidade para ninguém mas a vida passa a correr.
Na terça tive vários motivos para chorar, o desgosto da perda de alguém querido e que vai muito antes do tempo, e a sensação inexplicável de uma vida que não vivi, que foi interrompida para viver outra, é como se já tivesse nascido duas vezes e tivesse 2 vidas a vida da terra e a vida de Lisboa, as duas partes da minha história, as duas que sou eu, que são a minha vida. O mesmo motivo levou-nos ali a todos, numa união que só é possível nas terras pequenas em que as pessoas se conhecem para o bem e para o mal, onde toda a gente diz mal de toda a gente, e a bisbilhotice é rainha, tertúlia cor de rosa campestre, em que o sofrimento de uns é partilhado por todos, onde todos foram para se despedirem de ti, para chorarem por ti, e isso foi bonito. Não sei se estou louca mas aquela igrejinha branca com barras amarelas no alto da colina, aquele cemitério de muros branquinhos, cheio de flores, onde estão pedaços de todos nós, aquelas centenas de caras chorosas que enchiam a igreja, a escadaria, o caminho, o cemitério, tudo aquilo me comoveu, tudo aquilo me pareceu poético e fez-me sentir um carinho por toda aquela gente, por toda aquela terra e aliviou-me um pouco as penas. Até sempre

segunda-feira, 6 de abril de 2009

tristeza

Hoje é um dia muito triste, um dia de merda.
Já não preciso de ir aquele hospital SM.
Mais uma luz que se apagou e deixa muita gente às escuras.
Eu também me sinto na penumbra, nunca pensei que isto te acontecesse, sempre acreditei que te recuperasses, até ontem, quando já se notava que a filha da puta já estava a chegar.
Gostava de acreditar que foste para um sitio melhor, gostava de acreditar que estás melhor, não sei se acredito.
Vou tentar esquecer a maneira como te vi nos últimos tempos, vou guardar o teu sorriso, a tua gargalhada e cada vez que olhar para as cicatrizes que tenho num joelho, feitas numa briga debaixo da nogueira quando éramos pequenas e eu te atirei barro à cara e te pus o nariz a sangrar e tu me deste um empurrão e eu caí por cima de uns tijolos e lixei os joelhos todos, vou-me lembrar de ti com alegria, com amizade, com saudade.
Como é possível que isto te tenha acontecido?
Como é possível, como dizia a tua mãe, ires à frente dos teus pais e dos teus avós?
Coitados deles.
Ficarás para sempre no meu coração, ficarão sobretudo as memórias da infância.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Livro de cabeceira


Vou passar a dar-lhe mais importância

quarta-feira, 1 de abril de 2009

identificação

O que eu adorei isto.
Porque será?