segunda-feira, 19 de outubro de 2009

bora lá estacionar o carrinho no passeio

Eu gostava tanto de ver o povo português indignado em massa, (assim tipo como contra o famoso vídeo da Maitê Proença), mas desta feita contra o estacionamento alarve que se vê nesta cidade. É tão lindo ir ao Mosteiro dos Jerónimos ao fim de semana e ver a praça do mosteiro transformada em parque de estacionamento, assim como qualquer passeio daquela zona, junto ao rio, onde as pessoas vão para passear a pé (??) e de bicicleta, e depois entopem tudo com carros. Aliás qualquer zona "passeável" da cidade está cheia de carros, às vezes com parques de estacionamento nas imediações completamente vazios, porque as pessoas acham que têm que estacionar à borla, que é um direito que lhes assiste, e a policia é conivente com isto que é uma coisa que me lixa.
Veja-se o caso da Expo, zona agradável para viver, trabalhar e passear, que está cada vez mais caótica, mas não por não existirem as infraestruturas, que existem montes de parques que estão vazios, que bem os vejo, mas porque toda a gente quer estacionar grátis, toca a fazê-lo nos passeios, nas passadeiras, nas rotundas, em todo o lado, causando um impacto visual horrível, assim como um transtorno aos outros, mas ninguém se importa e todos acham normal.
Depois vão a cidades fora de Portugal e voltam estarrecidos com os centros, tão agradáveis, sem carros, pedonais, cheios de lojas esplanadas e gente na rua, mesmo onde o clima não é tão benevolente como o nosso. Mas cá, quando se fala em retirar o trânsito de determinado lugar, levantam-se não-sei-quantas vozes e associações disto e daquilo e ninguém se quer ver privado dessa espécie de útero metálico onde o tuga se enfia todos os dias e não larga nem por nada. Não se percebe.

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