sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Vólver

Ando muito desactualizada em relação a cinema. Com excepção dos filmes infantis já quase não vou ao cinema, para pena minha, e em dvd já tenho uma generosa lista de espera, mas raramente tenho tempo para me sentar, em sossego a ver um filme, mas ontem lá se contrariou a tendencia e sentei-me a ver o Vólver de Pedro Almodovar, gostei muito, adorei. Aliás vi os filmes todos dele e sempre gostei de todos, mas entre muito daquilo que se pode dizer, o que mais aprecio é a extraordinária capacidade de surpreender seguindo histórias aparentemente simples e banais, mas que no fundo traduzem a complexidade da natureza humana e o intrincado da vida. São quase sempre histórias de pueblo e del pueblo, sinto-as sempre muito espanholas, embora reconheça que se pudessem passar em qualquer lugar. Tive em tempos um amigo que me dizia que podia não se entender nada de pintura, mas só de olhar, quaquer um podia saber se estava a olhar para um GRANDE ou não. Eu não sei se isto é verdade, mas se for se calhar no cinema é igual, eu não entendo nada nem sou cinéfila, mas para mim cada vez que vejo um filme de Almodovar fico sempre com a impressão que acabei de ver a obra de um GRANDE.

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