domingo, 3 de janeiro de 2010

2010

Já estamos no 3º dia e nada de bom aconteceu. 2010, até ver, continua uma bosta igual a 2009.

Não que eu tivesse a esperança que ocorresse algum milagre, que não, mas por outro lado gostava de me sentir optimista, positiva, p' frente. Mas não, sinto-me pessimista, amargurada, desiludida, lixada. Sentimentos que detesto mas, por enquanto, não me consigo livrar deles.

A passagem de ano foi um espectáculo, aliás como quase sempre. Foi a trabalhar (isto é positivo e poderia ser um bom prenuncio para o ano recém-chegado), sozinha num quarto de hotel (não, não sou puta, assim de repente até parece, mas não), mais triste que uma castanha a comer uma sandes, uma torta de Azeitão, um pacote de batatas fritas e a bebida: tchraram compal essencial ananás, deprimente, e a ver 0 Ídolos, trágico.

Cheguei a casa dia 1 os miúdos adoentados, ele com diarreia, ela com uma tosse horrível, congestionada. Amanhã começam a escola. Eu e o gajo estamos naquela fase de sexo só no corredor, e com fartura, ou seja quando passamos um pelo outro, no corredor dizemos, por telepatia, "vai-te foder!"

O tempo está uma merda!

O mestrado, ai o mestrado, dia 15 tenho de apresentar o 1º trabalho que ainda nem sequer comecei, sinistro.

Recomeço Quinta as aulas.

Pois, o ano que acaba foi merdoso, tenho até receio de me queixar, porque a mim e á minha família directamente não aconteceu nada de mal, mas foi merdoso.

Passei o ano, quase sempre de mal com o gajo, está cada vez mais picuinhas, mais ranzinza, e eu com cada vez menos paciência para o aturar, já não comunicamos, estamos a chegar a um ponto muito perigoso, a ver, já são quase 14 anos.

Filhos, bem.

Trabalho, mais ou menos, para menos.

Dinheiro, mais ou menos, para menos.

Saúde bem, mas pregou-me um grande susto.

Boa casa.

Boa vida.

Amigos, uma morte a lamentar, muito antes do tempo, e nem que não fosse por mais nada, só por isso 2009 já teria sido uma merda.

Globalmente, crise, gripe, guerra, poluição, uma merda portanto.

Não sou dada a misticismos mas normalmente gosto destes anos que terminam em 3, 6 ou 9, mas este não me convenceu, queria melhor.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

peter pan

Muitas vezes sinto que ainda não cresci. Acho que isso se chama síndrome de Peter Pan. Há nomes para tudo. Ando bem é a fazer infantilidades e existe uma grande luta entre o meu eu adulto e o meu eu infantil. O meu eu adulto ( ou o que deveria ser) tem pouco à vontade para se entrosar com os outros da sua espécie, tem sempre tendência para se pôr um patamar mais abaixo, não creio que seja complexo de inferioridade, será outra merda qualquer, a verdade é que penso sempre que toda a gente é mais velha do que eu, não que pareçam, eu é que parei no tempo, penso sempre que toda a gente sabe mais do que eu e, regra geral fico espantada com os dotes de oratória dos outros e penso sempre, eu não consigo falar assim, não me expresso daquela maneira, e é isso que eu invejo nos outros, o dom de bem falar e falar com eloquência, com aquela segurança de quem não tem dúvidas.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

mestre

E porque nem tudo são futilidades na minha vida, já estou a fazer o mestrado, que por um lado não deixa de ser uma futilidade, enfim.

Vicios

Sou uma pessoa de vícios, vícios idiotas e normalmente passageiros. O meu mais recente vicio chama-se Farmville e é uma idiotice.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

ironia

É pá, a Bíblia está mesmo na moda, e tudo graças ao Saramago e todos os que teorizam sobre.
Passei agora na Bertrand e lá estava ela no escaparate, no meio dos best-sellers.

no caso de vir a sofrer de alzheimer


terça-feira, 20 de outubro de 2009

David Motta


Passei há pouco por esta ave rara.
A maloca até devia ser a mesma, era preta e era de gaja, a sabrina também, Os óculos ainda eram mais escaganificaobéticos. Acho piada a este tipo de personagem, a sério, sem desdém, eu ao passar por ele esbocei um sorriso, muito pouca gente me faz esboçar sorrisos, assim do nada.
Assim viva os Davides Mota e os Castelo-branco desta vida.

confissões

Venho aqui muito envergonhada confessar que só li um livro de Saramago, glup!!!, é verdade, e pior, nunca li nenhum do Lobo Antunes, glup!!!!!.
Do Saramago li o "Memorial do Convento", confesso que adorei, até o queria ler outra vez, que já o li há muitos anos, depois nunca mais li nenhum, não sei porquê, não calhou. Do Lobo Antunes já comecei a ler vários, mas nunca levei nenhum avante, não consegui. Bem sei que o senhor é uma sumidade da nossa Literatura, mas aquela escrita é demasiado enliada para a minha pobre cabeça, talvez um dia tente de novo.
Mais uma. Também li com muito sacrifício as "Memórias de Adriano", que tanta gente culta e arejada tem como livro de referência, não amei, serei intelectualmente inapta para a "grande literatura"?. Bem sei que este li tinha pouco mais de 20 anos, será por isso que não me agradou?
Estará na hora de voltar a tentar?
Tenho a meio o D. Filipa de Lencastre da Isabel Stilwell. Está mais ao meu nível. Sempre gostei de biografias, mesmo romanceadas. Não é que o D.João I era danado para a brincadeira, Mestre de Avis uma ova.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

bora lá estacionar o carrinho no passeio

Eu gostava tanto de ver o povo português indignado em massa, (assim tipo como contra o famoso vídeo da Maitê Proença), mas desta feita contra o estacionamento alarve que se vê nesta cidade. É tão lindo ir ao Mosteiro dos Jerónimos ao fim de semana e ver a praça do mosteiro transformada em parque de estacionamento, assim como qualquer passeio daquela zona, junto ao rio, onde as pessoas vão para passear a pé (??) e de bicicleta, e depois entopem tudo com carros. Aliás qualquer zona "passeável" da cidade está cheia de carros, às vezes com parques de estacionamento nas imediações completamente vazios, porque as pessoas acham que têm que estacionar à borla, que é um direito que lhes assiste, e a policia é conivente com isto que é uma coisa que me lixa.
Veja-se o caso da Expo, zona agradável para viver, trabalhar e passear, que está cada vez mais caótica, mas não por não existirem as infraestruturas, que existem montes de parques que estão vazios, que bem os vejo, mas porque toda a gente quer estacionar grátis, toca a fazê-lo nos passeios, nas passadeiras, nas rotundas, em todo o lado, causando um impacto visual horrível, assim como um transtorno aos outros, mas ninguém se importa e todos acham normal.
Depois vão a cidades fora de Portugal e voltam estarrecidos com os centros, tão agradáveis, sem carros, pedonais, cheios de lojas esplanadas e gente na rua, mesmo onde o clima não é tão benevolente como o nosso. Mas cá, quando se fala em retirar o trânsito de determinado lugar, levantam-se não-sei-quantas vozes e associações disto e daquilo e ninguém se quer ver privado dessa espécie de útero metálico onde o tuga se enfia todos os dias e não larga nem por nada. Não se percebe.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

coisas

Coisa nº1
Me, me, me, me, me.
Ando em baixo. Sinto-me um cocó.
Acabou-se o trabalho, ando de mal com o gajo, na verdade ando que nem o posso ver.
Sinto-me infeliz, estou com esperança que seja só TPM, mas não é só isso, tem sido muita tensão, muita coisa posta em causa, e se não fosse assim e fosse assado?, foi o nódulo, biopsia e nódulo, é benigno, fibroadenoma, que é isso?, tumor benigno, quer tirar? tirar para quê? Dá-lhe angústia? Mas, é para dar? Não há indicação médica para tirar e a biópsia tem uma margem de erro miníma. Mas tem margem de erro? Mau. Venha daqui a 6 meses para ver se há alteração. Tá bem. Vou dormir muito descansada durante os próximos 6 meses. É assim como uma bomba relógio que ainda não começou a contar mas não se sabe quando é que começa.

Coisa nº 2
Maitê Proença
A dita fez um videozinho muito idiota, onde goza com a cultura portuguesa e os portugueses mas onde sobretudo se achincalha a ela própria e ao povo com quem partilha a nacionalidade.
O vídeo é deplorável e explicita a tremenda ignorância da actriz assim como a sua falta de educação, cultura e respeito por um povo que tantas vezes a acolheu e acarinhou.
Como porcaria gera porcaria e como por cá temos também Maitês a dar com o pau, o blog da dita já está inundado de comentários baixo nível a chamá-la de tudo o que é nome insultuoso e o que é mais grave, insultando os brasileiros em geral, não havia necessidade, é descer ao nível dela.
Mas pronto, se dúvidas ela tivesse que soubéssemos usar a net, pois ficarão desfeitas.
O tuga sente-se nestas coisas, eu própria tive vontade de lhe dar com um valente BM*na tromba e também me fartei de reenviar o lindo vídeo, e já o recebi tantas vezes que até chateia.
Ai Maitê, Maitê é melhor não por cá mais o pé.

Coisa nº3
Lá votei no Domingo, foram as únicas eleições em que votei este ano.
Votei no Costa, não sei se o queria lá, mas sei que o palhaço do Santana não queria de certeza, e pronto dos males o menos. Prefiro ver mil vezes as ciclovias que os túneis e viadutos. Abaixo os túneis e viadutos.

Coisa nº4
Queria ter algo super giro e interessante para contar, com imeeeeeeeennnnnnsa piada, mas não, não tenho nada fixe e muito menos inteligente para dizer.
No entanto há uma frase que não me sai da cabeça já há alguns dias, deixo-a aqui:
"A verdadeira medida de um homem não é como ele se comporta em momentos de conforto e conveniência, mas como ele se mantém em tempos de controvérsia e desafio." Martin Luther King

*BM (balde de merda)

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

REBORN

Afinal foi só um valente susto.
Ainda estou meio atarantada.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Balanço do dia

Sinto-me em stand by

sábado, 26 de setembro de 2009

epifania

Uns dias encontro o João Nabais no café, outros a Ronalda (irmã CR7), outros o próprio e ou a sua mãe, cruzo-me amiúde com a Patrícia Gallo, quase todos os dias com a Cristina Câmara. Ele é Helder Postiga e família, ele é Polga, ele é a filha da Edite Estrela, ele é a Sílvia Alberto e mais umas caras que conheço e não sei os nomes. Para quê comprar revistas do social?

E tudo o vento vai levando

Aqui há dias uma amiga dizia-me mais ou menos assim: "nem acredito que vou fazer 42 anos, parece-me que ainda nem cresci, como é que eu vou envelhecer se ainda nem cresci?". E tenho andado a ruminar nisto porque é o que eu sinto, sinto que ainda não cheguei a adulta, sinto uma grande infantilidade em mim.
Sinto-me pouco à vontade em meios formais, tenho dificuldade em ser uma senhora, ou melhor, em aceitar que estou uma senhora, porque é disso que se trata, tornei-me numa senhora, senhora dona, senhora doutora, madame. Nem dei por ela, e custa-me engolir esta condição, tenho dificuldade em aderir a esta pele e ao mesmo tempo tenho medo do ridículo de chegar aos 40 anos e (querer) parecer uma eterna adolescente como tantas que há por aí, também não me revejo nesse papel e tenho medo dele. Ainda não cheguei aos 40, nem sei se lá chegarei, mas andam-me a complicar com os nervos.HELP

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Santa ignorância

Hoje soube, através de dois blogues, da existência de um livro muito anunciado e muito publicitado, cujo lançamento se deu, ou ainda se está a dar, hoje. Um livro que milhões já leram e outros tantos estão à espera de ler. Um livro de um tal Roberto Bolaño que tem o belo nome de 2666, um livro do qual eu nunca tinha ouvido falar, um livro sobre o qual eu não tenho a mais pálida ideia sobre o que versa, um livro que aparentemente já despertou paixões e ódios a quem leu e muito mais a quem não leu.
Mas onde raio é que eu tenho andado?
Nem de propósito, hoje na homepage do sapo um blog chamado 2666 a promover o dito livrinho.

na corda bamba

Tenho andado ausente, muito ocupada para variar. Tenho trabalhado com alguma frequência, estive fora 5 dias, em trabalho, e agora de volta a base, ele é a escola dos miúdos, o gajo que regressa no sábado, algum trabalho, e o que realmente tem consumido o meu pequeno cérebro é aquela biópsia que vou fazer a um caralho que tenho no peito, que não se sente, não se vê, mas está cá, e a questão é: que merda é que cá está, será inócuo ou não? É impossível não andar ansiosa, toda a gente a quem me tenho lamentado me diz que não vai ser nada, para não me ralar, mas isso não muda nada do que cá está, essa é que é essa, e cada vez se ouve falar mais de cancros na mama em mulheres com menos de 40 anos, onde me incluo, e apesar da idade, sei que há sempre essa possibilidade, embora, no fundo, no fundo tenho esperança que não vai ser nada, que é só um aprovação que espero que acabe no dia em que souber o resultado, o pior é se a provação começa nesse dia. Como é que uma pessoa se prepara para isso?

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Patrick swayze

Mais um "idolo" de juventude que se vai.
Morreu no dia em que fui marcar uma biópsia a um caralho que tenho no peito.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

11 set


Faz hoje 8 anos que o mundo mudou. Mudou para pior, parece-me.

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

As Manelas




Setembro

Ora aqui estamos em Setembro.
As crianças começam a escola. A J. começou o infantário no dia 1, adaptou-se muito bem, nunca chorou, gosta de lá estar e vai toda contente com a sua mochilita da Minnie às costas. O F vai para a primária (que agora se diz primeiro ciclo) e foi pela primeira vez hoje para o ATL, ia também todo inchado porque agora já não é do JI (jardim de infância), agora já é um menino do 1º ano, mas as aulas própriamente ditas ainda não começaram, só para a semana.
E eu, depois de um Agosto, e de um Julho, e parte de Junho, com vida de dondoca, cá continuo com vida de dondoca.
Ainda não sei se fui admitida no mestrado, se não for, talvez vá para o Instituto de Italiano estudar mais um pouco de Italiano, forze.
Este mês tenho um pouco mais de trabalho, mas abaixo do normal para a época, é assim a vida de artista em tempo de crise e gripe (as duas palavras que mais odeio).
E pronto é isto que eu tenho a dizer ao meu único leitor (que sou eu própria). Fazer o quê? gosto de me ler.